Mais a visão se aprofunda,
mais estrelas se percebem,
na escuridão...

5 de agosto de 2013

Insight


I am voice screaming,
hands scrapping the ground,
opened eyes facing the darkness,
tired ears of whispered never-ending tales,
shredded soul under tattered skin.

Fallen seagull watching the tides
and yearning towards the stars.
Newborn angel pleading for kindliness.
A tasteless innocent childhood.

Nonsense sunset,
at the early morning.
Gathering of destitute bonkers
in soothing commotion.
Silent prayer of despaired innuendoes.
A contrite haunted daredevil.

I am shelter without sense of belonging,
blessed, disquieting and frightening fate,
a dying witness of my own life.

august 30, 1997 - rev. august.2013




Vislumbre

Sou voz gritando,
mãos escavando o chão,
olhos abertos encarando a escuridão,
ouvidos cansados de fábulas sem fim,
alma esfarrapada, sob pele retalhada.

Gaivota caída olhando as marés
e ansiando pelas estrelas.
Anjo recém nascido implorando por bondade.
Uma infância inocentemente insossa.

Um por de sol sem sentido,
ao início da manhã.
Aglomeração de loucos desamparados,
em apaziguadora comoção.
Silenciosa oração de significados desesperados.
Um intrépido contrito e assombrado.

Sou abrigo sem senso de pertencer,
abençoado, inquietante e assustador destino,
testemunha, morrendo, de minha própria vida.

30.08.1997 - rev. agosto.2013