Mais a visão se aprofunda,
mais estrelas se percebem,
na escuridão...

19 de setembro de 2021

Não direi os seus nomes


Seres egressos dos umbrais,
asquerosos, truculentos, 
decrépitos de mentes e almas. 
Fisionomias plúmbeas, suarentas.
Olhares reveladores da maldade congênita.

Dissimuladores que a mais ninguém iludem, 
encenando personas que intrigariam Jung.

Senhores da empáfia, inebriados de auto-louvação, 
mariposas jurássicas, ávidas pela limelight.

Deturpadores hediondos, abjetos! 

Das meras escrivaninhas que lhes cabem,  
fizeram púlpitos de onde vociferam, 
ousam escarrar sobre a Nação, 
cujo brado retumbante ignoram, 
fingem não ouvir.

Manipuladores desprezíveis, imorais, 
sempre escancarando suas bocas fétidas, 
plenas de dentes e línguas de bate-estacas, 
a fabricar dogmas de retórica nojenta, 
bordões que a horda vendida evocará 
para rotular e perseguir os "hereges" 
que anseiam levar à fogueira santa.

Biltres!
Usurpadores do mando,
perpetradores do desmando,
a encarcerar pensamentos e palavras 
daqueles que não se curvam.

Sabem a quem me dirijo. 
Mas, para argüir a respeito, 
terão de vestir esta catinguenta carapuça, 
pois não disse os seus nomes...

setembro.2021
© Alfredo Cyrino / IndigoVirgo

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